segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

cap VI -Morrer é o primeiro passo para viver eternamente


A declaração de Massaro que ele realmente era um vampiro me fez pensar em muitas coisas e principalmente no perigo que isso poderia significar para mim.
Voltei no dia seguinte a casa de Massaro ,mesmo com todo o transtorno que estava em minha mente , era impossível eu parar de pensar se quer um minuto a não ser nele e em sua família misteriosa.
Cheguei a porta do castelo e Alfred me recebeu , este senhor mais parecia o porteiro da família do que o próprio avô idoso da família ,mas também nunca me questionei de nada com ele.
Quando cheguei ao castelo a primeira coisa que fiz foi subir imediatamente as escadas , e indo para o quarto de Massaro.
Novamente e meio que também como de esperado estava Merriam na entrada da porta do quarto do meu amado.
- Queres ir aonde humana ? – perguntou Merriam num tom abusado
- Oras pro quarto de Massaro , não estás vendo? És cega minha querida? – respondi com toda a sinceridade possível.
- Ah mais não vais mesmo!
- Você enlouqueceu Merriam? -disse
- Para você sua pobre carne humana , é senhorita Merriam – retrucou a maldita.
- Pobre carne humana? – perguntei com ar de ironia.
- Não percebes que nesta luta tú não tens chance...
- Porquê não teria?
- Eu sou o predador e você a presa!
Quando Merriam acabou de falar esta última frase , parecia que eu estava dentro de um congelador de açougue .No Alaska divinamente coberta com somente um vél . Minhas mãos tremiam e meu corpo esfriava , eu estava literalmente nas mãos de Merriam .Como ela disse ,ela era o predador e eu a presa e nada poderia mudar aquela situação momentânea .
Acho que foi a primeira vez em minha longa vida que realmente senti medo ,sim a palavra certa só poderia ser essa .Medo de em um simples segundo sumir ,virar vento e voar para longe , para a eternidade .E talvez o principal naquele momento , sumir , desaparecer e nunca mais ver Massaro.
Isto para mim era algo surreal naquele segundo ,então tive medo ,como uma lebre tem de uma onça.
O medo tomou conta de mim ,se possuiu de mim naqueles instantes , pois a morte era o fim para mim.
Pois é ,naqueles dias acho que eu não sabia detectar que a morte não é o fim de tudo e sim o começo de algo novo ,de algo diferente que durará a eternidade.
- O que vais fazer comigo Merriam? – perguntei com os olhos de um bizerrinho quando se perde da mãe.
- O que achas? Melhor o que queres?
- Vais me matar?
- Bom ,Safira te matar acho que seria pouco. Alguém como você a morte não gostaria de ter por perto .Alguém sem sal , sem graça , ah a morte gosta de pessoas interessante .E sabe lá para onde os humanos vão quando morrem? Será o paraíso?Eu não sei , não morro , minha morte é eterna ,nunca poderei saber – disse Merriam bem pensativa.
- Merriam ,fale afinal o que procuras ... – disse num tom aterrorizado mas tentando demostrar sutileza .
Mal pude piscar os olhos para completar a frase por inteira e vi.
Pela primeira vez em minha vida vi uma vampira em ataque . No mesmo segundo em que pisquei,
Merriam colocou suas garras para fora e me agarrou como se quissese dançar uma dança de enamorados.
- Merriam , isso é um equivoco não faça isso!
- Fique tranquila minha querida , depois disto a eternidade estará a tua espera – falou no mesmo tempo em que segurava com suas delicadas mãos o meu pescoço.
- Espera Merriam ,por favor uma última coisa ...aonde está Massaro? –perguntei
- Provávelmente ele não está te esperando!
E como num passe de mágica ,como em contos de fadas aconteceu o pior .Merriam agarrou em meu pescoço e sugou , sugou até a última gota de sangue de minhas veias.
Enquanto ela se deliciava com meu sangue virgem , como nas poesias românticas Massaro apareceu .
Eu estava a beira da morte ,quase inconsciente .Não conseguia ver muito bem o que acontecera naquele momento ,por isso não tem como eu entrar muito em detalhes .Só consegui ouvir Massaro falando horrores para Merriam e a ameaçando .Não lembro de nada depois ,só sentia dor e isto me fazia esquecer de tudo ,da minha existência , só não conseguia esquecer Massaro .
Entre minha cabeça doendo ,e meu corpo enfraquecido ,só consegui pensar no gesto de Massaro .Ele tinha me salvado ,e isso eu só achava que acontecia com os outros e nunca comigo.
Mais uma vez tinha me equivocado com os meus pensamentos apressados .
- Minha querida , consegues me ouvir? –perguntou Massaro num gesto sútil e delicado
Eu estava deitada novamente em sua cama , e muito fraca devito a perca de sangue.
- Safira , só há uma solução agora a fazer – disse Massaro enquanto eu só ouvia por não ter força suficiente para soletrar se quer uma frase.
-Vou ter que te transformar em vampira.
Meus olhos naquele momento se arregalaram , eu estava muito assustada com a decisão de Massaro .Mas era a única chance de eu sobreviver ao ataque de sua irmã.
- Vai doer ? –perguntei com minhas últimas forças que sobraram.
- Bem menos do que o que a infeliz da Merriam te fez. Depois vais ver o mundo de outra maneira. –disse Massaro.
Com toda delicadeza e ternura possível que se pode encontrar em um homem ,Massaro se cortou com uma pequena faca que havia na escrivaninha do quarto . E com mais ternura abriu minha boca.
- Beba isto ,vai te fazer bem – disse ele.
Enquanto eu bebia seu sangue ,senti meu corpo todo se balançar e uma dor inacabável dominar todo o meu corpo ,como um furacão que arrebenta cidades em questão de segundos .
- O que é isto Massaro? O que está acontecendo comigo? – perguntei euforia sem saber do estava e me esperar.
- Estás morrendo – respondeu ele com uma frieza, como se fosse algo normal.
- Como assim estou morrendo?
Eu tremia dos dedos do pé até o ultimo nervo de minha cabeça , tudo estava em transformação e eu nunca senti aquela sensação .Novamente não poderei dar muitos detalhes ,pois só quem sente esta sensação poderá saber .É tão grande e intenso que só sentindo na pele para saber sua imensidão.
- Safira ,minha querida .
-O que foi querido? O que significa morrer neste momento?
- Virar vampira ,morrer para a eternidade –respondeu ele.
- Não consigo entender este verbo seu ...morrer –disse.
- Morrer é o primeiro passo para viver eternamente...
Em poucos segundo consegui sentir todos os meus sentidos ,movimentos mudarem .Era algo divino , posso descrever como um milagre da vida .Não direi exatamente de Deus , pois não acredito que seres como eu Deus não tenha criado .Afinal os humanos são a figura de Deus na terra .Se nós vampiros fossemos criaturas de Deus ...Seria Deus um vampiro? [...]


Lais Adelita

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

cap V - Coração humano



No dia seguinte ,estava eu às 18 horas em frente ao castelo Zampier.
Inevitável seria eu deixar esse mistério de lado e continuar a viver minha vida solitária.
Fui recebida como na primeira vez que estive lá por Alfred. Ele vestia o mesmo estilo de trajes como no dia anterior. Chegava a ser engraçado aquele modo de fazer moda.
No castelo tudo parecia estar igual .Nada modificado.
- Minha querida ! – exclamou Massaro
- Bom estou aqui de novo – disse num tom sagaz.
- Acompanhe-me até o meu quarto Safira ,preciso de você.
O acompanhei apaixonadamente ,como um cão que acabou de ganhar comida ,uma criança que ganha doce, uma idosa que ganha mais vida.
Quando eu estava caminhando em um dos longos e elegantes corredores do castelo ,que havia depois de subir uma longa escada com um tapete vermelho .Vi Merriam.
Ela olhava com o mesmo tom debochado, perigoso ,invejoso .Esse olhar em minha visão era pior que sangue de cobra , mesmo quando bebido não cura quem a cobra picou. Olhar de caçador quando vê sua presa delicada e indefesa.
- O quê você procura aqui ? – perguntou Merriam
- Massaro me convidou , e aceitei seu pedido de visitá-lo.
- Não deverias vir ...é muito mas perigoso que pensas.
- Merriam ,você de novo implicando com as visitas –falou Massaro com um ar nervoso
Aquela altura ,achei estranho ela me falar isso. Pelo simples fato de naquele momento eu ter juntado todos os acontecimentos e ter chegado a uma só conclusão.
- Venha Safira ,venha – retrucou Massaro indignado.
Fomos para o confortável quarto dele ,e a primeira coisa que fiz foi pular novamente naquela deliciosa cama.
- Percebo que gostas dela – riu Massaro
- Realmente é muito confortável ,mas preciso falar com você – disse num tom misterioso
- Falar comigo? Pode falar ...
- Nesses últimos tempos pra cá ,percebo coisas .
- Que tipo de coisas?
- Eu sei quem você é.
- Como sabes?
- Lembra quando me conhecestes e adivinhaste meu nome ? –perguntei
- Lembro-me sim.
- ''Eu sei quem é você'' me falaste
- Sim ,mas o que isso vem ao caso? -perguntou ele
- Quero que me digas ,se tenho razão com o que acho a seu respeito .
- Não me amas mais Safira?
- Isso nunca , desconfio que você...
- Que eu? ...
- Seja um vampiro!
No momento em que pronunciei todas as letras , de vogais até consoantes .Que eu dizia estar desconfiada que Massaro fosse um vampiro ,na verdade eu já estava totalmente segura no que eu estava a dizer . Somente não acreditava em tal possibilidade e simplesmente a dei como uma suposição de minha cabeça.
- Safira – falou Massaro num tom calmo.
- Sim , estou toda a ouvidos.
- Sou o que muitos poderiam desejar ,sou um desejo constante .Me considero como uma aberração.
- Mas porquê? Não te considero isso , nunca consideraria.
- Sou um vampiro , tenho mais de quinhentos anos de vivência neste mundo .Sou uma criatura , não um ser humano.
- Você não é uma criatura ,você é o meu amado , meu amante ,amigo ,a pessoa por quem sempre esperei ,és humano em minha visão.
- Eu já fui ,mas nunca serei novamente .Para ser humano devemos estar vivos e isto já não estou. O único órgão vivo ainda neste corpo ,é o meu coração .Que bate vivo ,com sangue .Vivo por este amor que sinto por você e isto me faz ainda ter um pedaço humano em mim . Amar você me faz viver.
Seria isto um susto ou uma declaração de amor feita por um vampiro de mais de quinhentos anos? A confusão em minha mente era demais para eu poder raciocinar direito com todas os mistérios naquele momento sendo desvendados . Ou o simples fato de ter ouvido pela primeira vez em minha vida a voz do amor soando em meus ouvidos ,como um voz delicada de anjos quando falam com Deus [...]

Lais Adelita

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

cap IV - Heroína contaminada de amor.



Minutos depois de caminhar com Alfred floresta a dentro me deparo com um gigante castelo .Não um simples castelo e sim um bem bárbaro estilo época medieval.
Eu estava tão curiosa ,com todo este mistério me proporcionado a partir de um só ser ...Massaro.
- Não disse que seguir o sonho é a melhor coisa na vida para alcançar suas metas querida? - disse esta voz que veio do nada .
-Quem é? -pergutei
Olho para o lado e com um belo manto marrom até os pés ,sapatos elegantes e um pentagrama no peito ,vejo Massaro em minha direção .
- Como você entrou em meu sonho ?
- Não entrei , você que simplesmente pensou em mim a noite toda - retrucou ele ganancioso.
- E se pensei , há algum problema? -perguntei.
- Não , só queria estar convicto de que se apaixonaste por mim.
Fiquei nervosa e ao mesmo tempo mais apaixonada por aquela criatura ,era incrível como que com pequenas e simples palavras eu aos poucos me derretia e entregava-me com toda alma a ele .
Entramos no castelo , divíno como era lindo aquele lugar incrívelmente arrogante por natureza .Por tantas riquezas que alí dentro contia .Havia uma gigantesca mesa , provávelmente quarenta pessoas poderiam comer ao pé daquela mesa.
Naquele mesmo dia conheci a mãe de Massaro ,chamada Ursula , sua irmã Merriam e seu irmão caçula Calleb.
Para ser sincera aquela família me parecia ser muito estranha .Merriam era muito branca, tinha cabelos compridos muito pretos e olhos azuis céu . Ursula ,sua mãe devia ter uns 48 anos ,tinha cabelos brancos muito compridos que os predia com um rabo de cavalo e tranças nas pontas .Ela era uma mulher misteriosa.
Calleb devia ter uns 6 anos , era meigo e suave .Gostava muito de brincar e aprontar ,como toda criança.
Minha primeira impressão foi que todos se agradaram com minha presença de dona Ursula até Alfred ,mas algo havia errado com Merriam.
Ela me olhava de um jeito , acho que desdo primeiro olhar que me dera .Um olhar atravessado ,debochado .De alguém que sabe o que você tem e deseja .
Olhar de uma pessoa que sabia o que eu queria e impunha naquele momento.
Um olhar de vingança e ao mesmo tempo angelical.
Depois de Massaro me apresentar sua família ,subimos para o seu quarto .Ao entrar me deparo com uma gigantesca cama ,com enormes almofadas e no mínimo trez colchões .Era tão linda , e no mesmo momento dei um pulo e deitei-me.
- Minha vampirinha linda - disse Massaro
- O quê? Vampirinha?
- Você é minha vampirinha meu amor -respondeu ele
- Mas porque isso ... -perguntei
- Pois você é viciante como heroína e atentadora como um vampiro , que suga meu sangue sem deixar uma única gota em minhas veias ,e só deixa sangue contaminado pelo seu amor . O mesmo efeito da heroína ,entretanto contaminado de veneno e não amor - bricava ele
- Realmente você é único - respondi
- Não sou único , você é quem me faz ser único por te ter ao meu lado .Ninguém nunca terá você a não ser eu , você é para sempre minha .
Cada palavra me deixava ao mesmo tempo confusa e entregue aquela paixão repentina . Já eram oito horas e fui para casa .
Aquele dia ficou para sempre em minha memória ,cada minuto ,cada segundo deve estar guardado no meu fundo de memórias em meu cérebro .Pelo menos é o que desejo.
Ficamos o tempo todo conversando na cama dele e confortável ,antes de eu me despedir e ser acompanhada por Alfred até a saída do castelo dos Zampier.
Voltei para casa e fui dormir ,afinal o amanhã me esperava e eu mal podia esperar [...]


Lais Adelita

sábado, 3 de janeiro de 2009

cap III - Seguindo o meu sonho



Voltei para casa depois daquele encontro turbulento com aquele ser magnífico. Eu tinha certeza que não o veria mais.
Essa conversa de vê-lo em ''meus sonhos'' era algo muito além da minha realidade naquele momento .Eu estava com minha casa completamente arruinada , minha mãe lamentando da desgraça da guerra ,minhas irmãs idem.
Sonhos eram algo que eu só via na minha imaginação ,a questão é que eu estava completamente errada e confusa desta minha decisão precipitada.
Já eram nove horas da noite, minha mãe nos mandou depois de uma pequena ceia junto a mesa na sala de estar para a cama.
Cheguei no meu quarto , dei um beijo em minhas duas irmãs e deitei-me.
Por uns segundo pensei no que ele me disse ,dos sonhos ,todas as palavras bonitas.
Acendi o abajur ,olhei profundamente para o teto do meu quarto e...
- Minha filha já são horas de dormir , vá se deitar - brigou minha mãe
Desliguei o abajur e fechei os olhos , logo voltei a minha pequena realidade .Minha mãe andava muito só ,meu pai acabara de morrer na guerra.Eramos apenas quatro mulheres e nossa mãe tendo que nos sustentar.
Tempos difíceis esses ,já não aguentava mais viver nessa rotina ,nesse dia-a-dia sem saber se teria o que comer nos próximos dias.
Principalmente para mim ,que sempre tive do melhor .Se ver no espelho e observar que só tinha as minhas irmãs menores e a minha mãe. Mas nada...
Nesta longa noite, pensativa e pesada como foi ,adormeci logo.
Amanheceu e logo levei um susto...sonhei com um castelo, bela casa,coisas finas,antigas.
Sonhei com Massaro ,mas como eu poderia ter sonhado com um castelo? Por acaso eu era alguma princesa? Pensei por uns segundo que eu realmente era uma , com um vestido longo e brilhante ,dançando valsa com o meu príncipe.
-Sonhos ,sonhos ,somente sonhos - exclamei sozinha
Mas o mais entrigante nessa história é o que eu nem espera acontecer...
Logo pensei o que aquele sonho significaria e aonde eu poderia encontrar Massaro.
- Castelo ,mesa de jantar ,jóias caríssimas ... aonde esse sonho vai parar? -me perguntava
Eu estava muito confusa mas muito convicta que era algum sinal de Massaro para mim , da oportunidade de revê-lo .Era única e eu tinha que arriscar antes de temer qualquer coisa.
Tomei um banho e fui tomar café da manhã.
- Minha filha , como foi a noite?- perguntou minha mãe
- Ah mãe, bom mãe ,tive muitos sonhos.
- Sonhou com o que ? - dizia minha mãe enquanto lavava os pratos.
- Com um castelo , essas coisas de conto de fada.
- Hum ..quem dera minha filha que fosse verdade viver assim .
- Mãe você sabe se aqui na cidade tem castelos? -perguntei ansiosa
- Tem um virando a igreja , ao lado da floresta negra -disse ela
- Floresta negra? O que é isso? - retruquei
- A floresta negra é um lugar aonde poucos vão ,dizem que acontece coisas estranhas por lá.
- O que por exemplo mãe?
- Pessoas somem minha filha ...- respondeu ela
- Somem? Mas aonde é essa floresta?
- Como eu disse ao lado da igreja já dá para avistar a floresta , o perigo é entrar nela.
- Sei ... - respondi
- Porquê você quer saber disso Safira? Estás pensando em ir lá?
- Não ,não ,só curiosidade mãe ...
Mal sabia a coitada que eu naquele momento estava completamente decidida a enfrentar qualquer obstáculo ou desafio para encontrá-lo .Se ele me mandou esse sinal pelo sonho ,era para eu ir naquele lugar .Provavelmente ele sabia que não seria perigoso.
Quando acabei de tomar meu pão e meu café ,já estava arrumada e fui direto ao rumo da floresta negra.
Cheguei a igreja , a mesma qual avistei Massaro pela primeira vez . Observei ao redor e achei a tal floresta.
Fui andando ,andando ,andando,até avistar um grande portão de ferro bem enferrujado. Lembro-me como se fosse hoje ,no meio do portão havia um símbolo bem grande escrito Zampier .Aquela altura eu não sabia que era o sobrenome de Massaro .
Empurrei o portão com toda minha força e nada , havia um grande cadeado enferrujado também o prendendo.
Até que no meio daquelas gigantes e escuras árvores que se localizavam naquela floresta veio um senhor bem velho ,muito velho ,vestido com roupas muito velhas ,mas muito antigas ,veio em minha direção.
Ele era careca ,só sobravam alguns fios de cabelos que não tinham uma cor definida eram meio acinzentados com um leve toque de branco.
- Minha bela e doce mademoiselle, o que procuras nesta singela floresta? - perguntou o senhor.
- Estou a procurar Massaro , ele se encontra? -perguntei
- Para saberes isto ,primeiro me apresentarei .Sou o avô de Massaro , me chame de Alfred - disse
- Meu nome é Safira , mas ele está aí?
- Era por você mesmo que ele estava esperando então - disse o senhor num tom meio debochado.
- Ele está?
- Venha comigo - respondeu Alfred.
O velho senhor pegou um chaveiro de suas calças muito antigas , não era uma roupa feia mas sim muito elegante e antiga . O seu chaveiro provávelmente contia mais de mil chaves ,eu nunca tinha visto algo igual.
- Sabes qual chave abre esse portão? -pergutei
- Mas é claro.Só de olhar sabemos o que é nosso ou não ,não é mesmo moçinha?
- Realmente -respondi.
Logo acabado de falar ,o senhor conseguiu achar a chave desejada .Ao abrir o cadeado daquele gigantesco portão um barulho imenso veio junto .Devia estar muito enferrujado aquele portão.
Caminhamos pela floresta ,ela era linda ,mesmo com seus mistérios .Era intácta afinal quase ninguém entrava naquela maravilha da natureza .
- Senhor Alfred ,podes me responder uma coisa? -perguntei enquanto caminhávamos floresta a dentro.
- Mas é claro minha querida ,só não me chame de senhor .Acho que nem estou tão velho ainda! Me sinto como uma criança - disse ele ,mostrando levemente um sorriso amarelado.
- Isso é ótimo mesmo ,mas é que minha mãe quando perguntei se aqui na cidade havia um castelo na cidade ,ela disse que essa floresta é perigosa .Dizem que há pessoas que somem aqui - exclamei assustada
- Bom minha filha , como a senhorita viu aqui é propridade de uma família .Só ladrões entram aqui dentro , agora com a guerra .Somos a única família que continuou estável financeiramente e sem abalos , as pessoas ficam com inveja .
- Pior que é ,sempre quando as pessoas vêm que alguém estar melhor que elas , querem sempre tirar o que elas têm para todo mundo ficar na mesma .E ninguém melhor -respondi
- Pra a senhorita ver ,as pessoas hoje em dia são assim não podemos esperar muito a não ser de nós mesmos -disse Alfred.
- Concordo com senhor ,se vieram roubar não merecem mesmo vida boa .
- A família Zampier têm conhecidos ,quando essas pessoas entram aqui prendemos e chamamos logo a polícia em seguida.
- Correto isso , fazer justiça! -exclamei
- A justiça é certa e correta - complementou Alfred.
O difícil hoje é ver como eu era boba , uma menina praticamente e não percebia os dois lados de uma situação.Hoje sei que não podemos acreditar cem porcento em nada nessa vida , temos que duvidar de tudo para sermos mais fortes e alcançar nossas metas.Essa dica fica por mim mesma e meu longo aprendizado aqui na terra [...]


Lais Adelita

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

cap II -Massaro Zampier


Zampier ... Meu amado
Tudo começou pelo seu olhar penetrante numa avenida em Monique ,era o ano de 1946 fim da segunda grande guerra .Em todos os lugares só se via fome e desgraça.
Eu com meus longos cabelos avermelhados e a juventude a flor da pele ,seria alvo fácil desta incrível criatura.
O vi pela primeira vez as sete badaladas ,da única igreja que ficou intácta na cidade .Olhei para o lado direito e vejo aquele homem alto, esbelto,cabelos mais vermelhos que o meu .Acredito que nunca ví pessoa tão charmosa.
Seus olhos eram verdes como duas maçãs verdes. E num passo de mágica ele se dirigiu a mim.
- Admirável como seus cabelos se movem - disse ele.
- Meus cabelos? - retruquei.
- Acho que nunca vi nada igual , não chegam a ser vermelhos como os meus,mas têm um brilho constante .Parece uma flama acessa ,um fogo ,um coração pegando fogo.Na mesma maneira que meu coração incêndiou quando ouvi a última badalada do sino e te avistei - respondeu ele
Meu coração pegou fogo ao ver aquela geniosa e admirável pessoa descrever a mim com toda delicadeza possível .Nunca ninguém me descreveu com tanta leveza e ao mesmo tempo com indiretas tão sedutoras.
- Ah , assim fico encabulada - respondi.
- Vergonha não deves ter .Belas pessoas normalmente são escravas da vaidade ,já as mais preciosas ficam encabuladas de possuí-la.
- Mas não sou escrava da vaidade!
- Por isso mesmo , só de te olhar já sei que é você.
- Que sou eu? Afinal como te chamas?
- Podes de chamar de seu - exclamou ele
Que pessoa estranha ao mesmo tempo encantadora , um pingo de suspense já era perfeito para eu querer me jogar em seus braços e o chamar de meu também.
Pessoas com mistérios são as mais chamativas , pois nunca sabemos o que ela está pensando ou planejando nos dizer.
- Bom ,podes me falar seu nome?
- Podes me chamar de seu Massaro - respondeu ele.
- Então podes me chamar de sua ...
Como era estranho se apaixonar no primeiro olhar ,na primeira troca de palavras .E imaginar esta pessoa para sempre com você.
Foi exatamente como me senti , ao mesmo tempo que ele era tão entrigante ,direto e dominador.
Aquela pessoa por quem sempre esperei ,mesmo nunca imaginando a altura sua beleza encatadora e seu olhar possuidor.
- Preciso ir ... - disse eu
- Safira ,então sabes aonde me encontrar - disse ele com um certo mistério.
- Como sabes meu nome? Não disse em nenhum momento - me assustei.
- Só de te olhar ,como te falei sabia que era você.
- Não te entendo ,eu sou o quê?
- Safira ,oras - respondeu ele
- Mas...como sabes meu nome ,não me respondeu?
- Seus olhos nunca enganam , seus lábios parados e sem movimento respondem todas as perguntas que para mim antes nunca foram respondidas.
- Você é um poeta.
- Poeta não sou ,se calhar um falso poeta .Mas tu és minha inspiração por quem sempre procurei - admirou ele
- Lindas palavras ,mas realmente preciso ir.
- Me encontre naquele lugar.
-Qual lugar?Não falastes nada de nos encontrarmos de novo.
- Saberás na hora certa e no momento certo.
- Mas como saberei?- perguntei
Estava tão anciosa e ao mesmo tempo com medo de nunca mais ver aquele homem sedutor. O medo era maior que minha vontade de tê-lo.
O medo era muito grande , e quanto maior o medo ,maior o risco de nunca arriscar para vence-lo.
- Minha Safira , vais saber na hora certa.
- Te esperarei para dares notícias -disse eu.
-Nos seus melhores sonhos te contarei.
-Sonhos?- perguntei
- Exatamente ,nossos sonhos são as respostas para nossas vidas .Lembre-se de seu sonho hoje a noite ,o lugar ,cada detalhes , vá atrás de seu sonho. E eu estarei lá [...]

Lais Adelita